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É sabido da carência de recursos no sistema da Federação Ornitológica do Brasil, ainda mais depois do grande esforço para a construção do centro de Exposições em Itatiba que consumiu as reservas (poupança) da Federação e levou até a um certo estado de endividamento. Pela lógica da economia, sabemos que todos os recursos de um sistema de arrecadação são considerados “escassos” e a demanda, (procura) por esses recursos sempre são maiores que a oferta. Aliado a uma falta de poupança, o sistema fica enfraquecido, sujeito a todo tipo de dificuldades, principalmente pela falta de capital de giro e capacidade de realizar mais investimentos.
Considerações:
Um fenômeno importante acontece com os Clubes de criadores de aves na atualidade. Eles estão esvaziados e desestimulados pelo papel secundário relegado pela atual sistemática empregada e suas vidas financeiras estão arruinadas, devido a uma tendência de ter poucos associados, na média de 30 associados efetivos, não tendo assim capacidade para financiar suas atividades. Os recursos provenientes de anuidades que recebem de seus associados, não tem poder de investimento e se perdem nas despesas a funda perdido. Assim enfraquecidos, sem opção de investimento, joga para o ralo parte de importante fonte de capital que entra no sistema (anuidades). Esse recurso por estar pulverizado, se perde e não consegue ajudar o próprio sistema a crescer, causando uma inércia perigosa.
Considerando a suposição que essa massa financeira proveniente das anuidades dos associados recolhidas aos clubes, hoje pulverizada, fossem canalizadas diretamente para a Federação, certamente traria uma fonte suplementar importante de renda, com poder de até dobrar o volume de dinheiro hoje disponível anualmente, senão vejamos:
Recursos pulverizados:
Estima-se a quantia de 4.000 criadores filiados á Federação atualmente, pagando aos clubes uma média de R$ 200,00 anuais, fazendo as contas: 4.000 X 200,00 = 800.000,00 (oitocentos mil reais). Dinheiro que não pode ser desprezado e que se perde hoje no sistema, por estar pulverizado e sem condições de dar sustentação importantes aos clubes.
Recursos Agrupados:
Esse capital existente precisa ser agrupado em um único caixa para ter poder de compra e realização como fomentador do crescimento. Estimativa de R$800.000,00 anuais, próximo do valor que a federação consegue dispor com as demais fontes (revistas, anuidades de clubes, venda de anéis, publicidade, CB's, etc).
Questão gerencial:
Outro problema latente, que fatalmente vai precisar de uma solução à curto prazo, é o da realização continuada dos Campeonatos Brasileiros pela FOB em Itatiba, fato gerador de ameaças de “rachas” internos.
Solução possível:
Entendemos que para compor uma estabilidade nesse quadro de falta de recursos e interesses contrariados, teremos que “arrumar” o sistema para uma mudança que busque uma estabilidade visando o crescimento tão esperado, que basicamente constaria de :
Novos papéis para os Clubes:
Organizados em Associações, como hoje, não realizariam seus campeonatos (Campeonatos Oficiais), e iriam disputar diretamente o regional (estadual) e os canários de seus associados sendo classificados iriam diretamente para o CB. Não cobrariam anuidades, somente uma taxa de filiação anual, que deve ser renovada a cada ano, no valor máximo sugerido de R$ 50,00 e as demais rendas principais, viriam diretamente das vendas dos anéis aos associados. Os Clubes ficariam com o poder de organizar os campeonatos regionais, se candidatando para isso.
Política de venda de anéis.
Utilizar nova sistemática de distribuição de renda da FOB através da venda de anéis, que pagaria uma comissão aos clubes de 40% dos valores de tabelas dos anéis, assim transferindo renda mais significativa para os clubes.
Sistema de arrecadação DA ANUIDADE direta dos criadores para a FOB.
A FOB organizaria um sistema informatizado de arrecadação de anuidade diretamente dos associados ligados aos clubes. Esse sistema pode ser implantado através de um banco comercial utilizando boletos para pagamento. O modo de pagamento seria o de pagamento a vista até 30 de março de cada ano, desta maneira, disponibilizando os recursos já no início de cada ano.
Sistemática de campeonatos:
O Brasil seria dividido por Regiões, (Estaduais) de acordo com o número de criadores filiados procurando um equilíbrio em termos quantitativos. Exemplo: dividido por Estados (Campeonato Estadual). Em regiões onde não são significativos e não se justificaria um campeonato, se aglutinaria dois ou mais Estados para disputa do Regional. Em cada uma dessas regiões a FOB realizaria um campeonato regional para selecionar os melhores pássaros para participar do CB em Itatiba. Então não teríamos competição nos clubes e sim diretamente no regional. Firmaria o pavilhão de eventos de Itatiba como local único para a realização dos Campeonatos Brasileiros, sendo da FOB a exclusiva atribuição da organização do evento. Os eventos regionais viriam substituir o vácuo deixado pela não realização do CB em outros estados. Os eventos regionais (Estaduais) podem ser realizados pelos clubes pertencentes a região ou pela FOB, nas mesmas regras utilizadas para a realização dos CB's. A FOB deverá dar apoio financeiro e logístico para esses eventos.
Vantagens do novo modelo:
Local de investimentos privado.
Escolhido Itatiba como único local para a realização dos CB's, essa região seria vista pelos investidores (hotéis, comercio, empresas do ramo, etc) como local favorável a investimentos, dando oportunidades de instalação de uma infra-estrutura, hoje ausente nessa região. Beneficiando os expositores, público visitante e investidores.
Estados, criadores e Clubes prestigiados.
Os Estados da Federação estariam prestigiados pela realização dos Campeonatos Regionais Oficiais da FOB, diminuindo a pressão para a realização dos CB's fora do pavilhão de Itatiba. Os clubes pertencentes a cada região se candidatariam para a realização dos Regionais, tendo oportunidades de somar esforços com a FOB para o crescimento da ornitofilia.
Ornitofilia divulgada.
Com a realização de Campeonatos (regionais) Estaduais, bem organizados e com poder de realizar um evento de bom nível, com presença de divulgação na imprensa, público visitante, feiras de vendas de aves e acessórios, a ornitofilia seria divulgada dando oportunidades de ver aumentado o interesse de seus simpatizantes e números de consumidores dos excedentes da criação. Assim dando visibilidade ao segmento com pelo menos 10 bons eventos regionais ao longo do ano trazendo novos e importantes adeptos ao sistema, promovendo seu real crescimento.
Esses comentários e sugestões têm por finalidade somente trazer “luz” aos interessados em melhorar a ornitofilia nacional, além de informar aos demais interessados das possíveis saídas para a solução de como chegarmos a um crescimento sustentado e saudável da ornitofilia. Sabemos que algo não vai bem comercialmente, quando seu crescimento fica estagnado, e isso está acontecendo com um dado muito importante do segmento. O número de fabricação de anéis da FOB está a mais de uma década estagnado na média dos 500.000 anéis/ano, apontando para um aviso importante de luz amarela “atenção”.
Silvano Pereira Ferraz - Pres. da SANO
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