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ALIMENTAÇÃO DAS AVES DE GAIOLA

Por Prof. Regis Christiano Ribeiro

Aves ornamentais alojadas em gaiola representam um importante desafio para os criadores, que sabem da importância de uma dieta equilibrada. Esse equilíbrio significa fornecer às aves as quantidades ideais de energia e nutrientes essenciais (vitaminas, aminoácidos, minerais).

O não cumprimento dessa exigência fisiológica, seja por falta de um ou mais nutrientes ou por excesso, influenciará em vários segmentos da criação, com conseqüências severas que afetarão a reprodução (queda na postura, aumento de ovos brancos), a incidência e gravidade de doenças respiratórias (peito seco), parasitárias (verminoses, ácaro nasal,), digestivas ( salmoneloses, colibaciloses, verminoses, coccidioses) , virais ( bouba).

Esse equilíbrio nutricional torna - se bastante grave quando se associa excesso de um nutriente e carência de outro, como se observa na encefalomalacia (ataques nervosos) ou na distrofia muscular (doença do músculo branco) ou ainda na diátese exudativa (edema subcutâneo de cor vermelho escuro a esverdeado) por excesso de gordura polinsaturada na dieta e falta de consumo de anti oxidante metabólico ( vitamina E).

Outro desafio para o criador: qual (is) matérias primas utilizar na mistura de grãos e na farinhada? Essa preocupação se propaga em duas direções:
Qualidade bromatológica do ingrediente (conteúdo de energia, cálcio, fósforo, proteína, extrativos não nitrogenados, umidade, fibras), enfim dados que nos possibilitem combinar esses ingredientes para se alcançar os níveis adequados de uma dieta balanceada.

Qualidade sanitária dos ingredientes (salmonela, índices de putrefação, toxinas de fungos ou micotoxinas, agrotóxicos). A não observância de cuidados sanitários com os ingredientes é em muitos casos a principal causa de insucesso nas criações de aves ornamentais, tal a sensibilidade desses animais a toxinas e a contaminações bacterianas e fúngicas. Seus níveis tóxicos são medidos em ppm (partes por milhão) ou até ppb ( partes por bilhão), o que exemplificando com números seria algo como a presença de 1 grama de agente tóxico por 1 milhão de gramas de alimento a 1 bilhão de gramas de alimento!

O conhecimento da criação e a procura constante de novos métodos para controle da dieta de pássaros de gaiola devem sempre ser perseguidos pelos criadores, principalmente aqueles com um elevado número de pássaros. Para tanto, o criador atento deverá instituir planilhas de controle que contenham o maior número possível de informações sobre alimentos fornecidos, origem, quantidades, consumo, manejo alimentar, peso durante a criação, prolificidade, mortalidade, doenças e outras alterações notadas na criação.

Cuidados na compra e armazenagem dos alimentos se fazem necessários e muitas vezes a utilização de substâncias atóxicas que diminuam a carga de contaminantes dos alimentos ( p. ex.: carcravol Grascon) poderá ser medida preventiva de valia para controle sanitário de grãos e farinhadas.

Outra precaução importante na prevenção de possíveis intoxicações motivadas pela dieta está no cuidado com o uso de produtos destinados à alimentação de aves de produção (frangos de corte, aves de postura).Tais produtos contém, por exemplo, quantidades muito elevadas de selênio. Esse mineral é extremamente importante para ativação do sistema glutatione peroxidase, que combate os peróxidos formados pela oxidação das gorduras, porém seu uso em quantidades elevadas leva a inativação do sistema com conseqüências muito danosas para aves de gaiola, elevando, em muito a mortalidade.

O controle de umidade dos ingredientes armazenados também deverá ser observado para todos os ingredientes de uso na dieta dos pássaros, pois em umidade crescem fungos, que podem produzir toxinas. Lavagem de grãos não retira essas toxinas e muitas vezes nem retira agrotóxicos oleosos, porém aumenta umidade dos grãos, exigindo secagem posterior. Os grãos devem ser armazenados com umidade final ao redor de 10 a 12%.

Clubes de criadores, criatórios grandes, universidades, veterinários especializados em nutrição e clínica aviar deveriam se aliar para um melhor estudo da alimentação de aves de gaiola, combatendo assim o empirismo ao qual a atividade está submetida e incentivando uma criação com alto rendimento. Bons criadores e técnicos da área nós temos no Brasil, basta iniciar. Boas exposições a todos !!!

Prof. Regis Christiano Ribeiro
Médico Veterinário- CRMVSP1688
Cadeira de Bromatologia e Nutrição Animal - UNIP

Grupo VetScience

 

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