Os primeiros frisos em um canário surgiram por volta de 1750 e se situavam no peito do pássaro. Posteriormente surgiram os frisos nas costas e depois em outras zonas da plumagem.
Em 1840, a Duquesa de Berry esteve na Holanda, acompanhada do Sr. Hervieux de Chanteloup, para visitar os grandes criadores e procurar pássaros de qualidade de raça de canário holandês que ele h avia importado anteriormente para a França.
Os criadores franceses interessaram-se pela duquesa, adquiriram alguns em uma exposição realizada em Lille, com o fito de criar um pássaro superior, de maior tamanho, mais corpulento e plumagem mais abundante.
Após alguns anos conseguiram obter alguns individuos de qualidade e a evolução continuou.
Em outubro de 1867, o primeiro concurso de canários frisados foi realizado em Paris e foi fundada a primeira sociedade, e que até hoje existe, " La Nationale".
A palavra "holandês" que evidentemente denominava no século passado os canários de um tipo particular, proveniente da Holanda, hoje é apenas um termo genérico
Assim, tínhamos e ainda aparecem o HOLÂNDES PARISIENSE, o HOLANDÊS DO NORTE ou ROUBAISIEN, bem parecido com o PARISIENSE, mas menor, de plumagem mais curta, o HOLANDÊS DO SUL, de pescoço longo, muitas vezes denominado HOLANDÊS BELGA ou FRISADO CORCUNDA.
No ínicio do século XX passou a ser denominado FRISADO PARISIENSE e difundiu-se pelo mundo, destacando-se em sua criação, além da França, a Itália e o Brasil.
O FRISADO PARISIENSE IDEAL
FORMAM - O FRISADO PARISIENSE se destaca pelo seu tamanho, imponência e por suas plumas longas e com estrutura especial.
A forma é de difícil descrição, mas é harmoniosa, bem simétrica em suas frisuras e com a esbelteza particular que indica uma extrema delicadeza.
TAMANHO - O tamanho é sempre superior aos 18 cm, medidos da ponta do bico à extremidade da cauda.
PLUMAGEM - A plumagem é volumosa e simétrica na quase totalidade dos frisos e os pássaros apresentam três tipos de plumagem: a sedosa (mais valorizada), a comum e a denominada dura (menos valorizada, mas indispensável para a criação).
CABEÇA - Na cabeça, parte onde é admitida assimetria, as frisuras da testa, topo e nuca se apresentam sob formas variáveis.
PESCOÇO - As suíças (favoris), descendo das laterais pouco abaixo dos olhos, definem o engrossamento da cabeça em direção ao pescoço e fundem-se com a gola, que está presente em toda a volta da base do pescoço.
COSTAS - O manto dividido por uma linha longitudinal no centro das costas cai para os dois lados, cobrindo os encontros e parte das asas, e aumenta a largura do pássaro quando visto de frente.
Em alguns indivíduos, após o término do manto, as penas do dorso saem entre as asas e caem sobre um dos lados, o que é denominado pelos franceses de "bouquet" (frisura que quando presente valoriza o exemplar).
CAUDA - A cauda é longa, larga e as extremidades das retrizes devem estar alinhadas. Normalmente a cauda faz um angulo com a linha dorsal, caindo na direção do poleiro.
PENAS - As penas da região da cloaca engrossam o inicio da cauda e caracterizam a oliva.
ASAS -As asas longas devem assentar-se perfeitamente sobre o dorso mas dificilmente deixam de cruzar as extremidades. As secundárias e primárias devem estar perfeitamente dispostas.
No final do corpo, sob as asas, os "chorões" (penas em forma de lanceta) caem simetricamente para os dois lados.
Os "chorões" em grande quantidade e simétricos valorizam o exemplar.
PERNAS - As pernas são grandes e robustas, as coxas bem cobertas de plumas que podem ser frisadas (mais valorizadas) ou lisas. A canela é grossa, os dedos perfeitos e as unhas longas, e à medida que os pássaros envelhecem se recurvam. Mesmo alguns filhotes de seis meses já apresentam a unha do dedo posterior em saca-rolha.
As penas são ligeiramente fletidas na articulação coxa-canela.
CONDIÇÕES GERAIS - A limpeza é fundamental na apresentação desses pássaros e todas as cores são admitidas.
Este texto foi extraido do manual de julgamento, para obter mais informações adquirir o mesmo junto a FOB ou OBJO.
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