Os primeiros passaros desta raça, criada pelos Italianos, surgiram no inicio da década de 30.
O objetivo inicial era obter um pássaro frisado branco com topete escuro e para isso foram usado as raças Lancashire e Milanês de cor branca. Face aos problemas do topete, posteriormente afim de arredonda-lo foram utilizados os Crested e também os Frisados Parisiense lipocromicos, já que o objetivo inicial restringia em muito a obtenção de passaros para concurso.
O objetivo passou então produzir passaros lipocromicos onde a presença de melanina era tolerada apenas nas penas que formavam o topete.
Durante muitos anos foi considerada pela COM, juntos com a raça milanês, uma sub-raça da Frisado Parisiense, mas hoje só a PADOVANO faz parte da relação das raças de canários de penas frisadas reconhecidas pela Confederação Mundial.
Como em todas as raças que possuem topete, existem dois tipos de indivíduos, isto é, os que os possuem e os que não os tem, porem estes últimos descendentes de um pássaro com topete.
Analisando um canário da raça PADOVANO, podemos verificar que apresenta inúmeras caracteristicas idênticas as da raças Frisadas de onde se originou, a Parisiense e a Milanês que, como ela, descende da Parisiense.
O topete, porém, não existe nas raças Frisadas de origem. Topete melânico (ou calota no caso do pássaro sem topete ), o ultimo é mais valorizado.
O Padovano Ideal
É um pássaro que deve Ter tamanho superior a 17cm. O topete deve se assemelhar ao da raça Crested, isto é, circular com penas abundantes que irradiam de um ponto central, cobrindo parte dos olhos, do bico e da nuca. Dificilmente o topete é idêntico ao de um Crested, pois a mutação que frisa as penas atua também nas do topete, e estas apresentam muitas vezes as pontas levantadas.
O pássaro com topete tem sempre uma posição mais elevada que o que não o possui. Este tem cabeça lisa, mas as sobrancelhas são pronunciadas e deve Ter as penas que cobrem a cabeça bem longas.
O pescoço não é liso como no Frisado do Norte, pois na sua base é ornado por uma gola que o circunda em toda a volta, o que não ocorre com o Frisado do Norte. As suíças também podem estar presentes.
O dorso é ornado pelo manto, que é formado pelas penas que nascem nas trilhas dorsais e caem para ambos os lados, apresentando na parte central uma linha longitudinal.
O peito tem as penas das trilhas ventrais voltadas para o centro e deve formar na parte superior o "cestinho", característico dos FRISADOS.
Os fachos que nascem sob as asas sobem, circulando-as.
Estas três frisuras devem ser simétricas.
As asas são longas e devem se acentar sobre o dorso, com as pontas das rêmiges se tocando.
O ventre deve Ter penas frisadas acompanhando o peito, com um contorno menos pronunciado.
Penas de galo devem cair sobre a cauda que é proporcionalmente longa, com as pontas das retrizes alinhadas.
As coxas são cobertas de penas, de preferencia frisadas, e o angulo coxa-canela é de quase 180º.
Dedos perfeitos e unhas grandes retorcidas.
Os passaros podem ser de qualquer cor, inclusive pintados. A cor de fundo vermelha com suas variações é admitida.
Apesar da possibilidade de termos passaros com qualquer cor de fundo, os de fundo branco e amarelo são os mais comuns, sendo os últimos os que normalmente aparecem em maior quantidade.
O topete pode ser lipocrômico, grisalho ou melânico.
Atualmente os passaros sem topetes não são admitidos nos concursos.
Este texto foi extraido do manual de julgamento, para obter mais informações adquirir o mesmo junto a FOB ou OBJO.
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